segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Fantoche do meu “Eu”

 

Hoje faz uma semana que eu completei 19 anos! Legal né!? Hum,mais ou menos.Quando era criança queria crescer logo pra ficar do tamanho das minhas primas,tomar banho a hora que quisesse,eu mesma colocar minha comida e o melhor,poder comer pipoca na vasilha com todo mundo,porque quando eu era pequena minha mãe fazia pipoca e minha mãe colocava aminha e a dos meus irmãos em uma vasilhinha pra gente e comia com meu pai na vasilha maior.Aí eu ficava pensando quando que eu iria “ser grande” o suficiente para comer naquela vasilha grande também junto com eles. Hoje em dia eu coloco uma pipoca no microondas e como sozinha se quiser, como e tomo banho a hora que eu quero e todas aqueles meus desejos de infância já se realizaram.Fantoche do meu Eu

Eu não sei se sou só eu que sou assim ou tem mais alguém nesse mundão de meu Deus que fica na expectativa de que o dia do aniversário chegue logo para passar logo.Quando chega  no dia tão esperado me dar uma “tristeza” e não é pelo fato de ficar mais velha nem nada,nem ligo pra isso,mas não sei só fico triste.Apesar que esse ano eu fiquei mais ansiosa e quando foi chegando na véspera eu fiquei meio deprimida e um pouco mais triste que o normal,passou um filme na minha cabeça e eu comecei escrever antes de dormir.Acabei criando esse texto:

FANTOCHE DO MEU "EU"

9-8-7-6-5-4-3-2-1.......Foram abertas as cortinas

Está anunciado o espetáculo da vida alheia.
Vivo com o medo constante da meu fantoche criar vida própria.Mas a cada dia que passa as cordas do controle então se rompendo.

Nunca sabem o que sinto,pois a minha criatura não expressa um nítido sentimento.Evitando sempre que alguém chegue perto o bastante a ponto de momentaneamente me roubar a atenção e o domínio próprio.

Movimentos e falas calculadamente ensaiados,tempo indefinido da apresentação,nunca sei quando vai chegar ao fim. A plateia vai se revezando naturalmente ao longo de espetáculo.Alguns são fãs,outros estão ali só por curiosidade.

A entrada é franca (e sem aviso prévio de substituição ou expulsão),mas poucos tem a oportunidade de conhecer os bastidores,o acesso ao camarim é totalmente restrito aos estranhos.

Enquanto minha criatura interage  com o público,meu eu interior,procura loucamente um significado para o que está a fazer. A casca está exposta,o status aprovado, e ainda assim o conteúdo é uma alma perdida e totalmente confusa,sobre a própria existência.

Palpites são lançados ao palco,alguns são acatados,porém a maioria passam sem sequer serem lidos. O condutor está cansado de lançar sua criatura a julgamento e opinião pública,pois seus dedos  já não agüentam com as assaduras causadas pelas cordas que movimenta seu fantoche.

O público acomodou-se,já sabem o que esperar daquele espetáculo vivenciado e assistido diversas vezes ao longo de muito tempo. Contudo são surpreendidos com a forte luz dos holofotes em seus rostos espantados revelando pessoas incapazes de criar seus próprios shows e que assistem de camarote a apresentação  comandada por até então um desconhecido.

Diante da agitação do público,surgi por cima das cortinas vermelhas o comandante que ao longo de todo esse tempo observava e manuseava o seu fantoche. Trajando uma roupa completamente preta que o camuflava com o cenário. Tornando assim visível o meu verdadeiro EU!

Ficou um pouco melancólico e obscuro sei lá,meio que me lembrou o filme da Gritos Mortais,que tem a Mary Shaw que tem um monte de bonecos,sabem qual é ? se não souberem,recomendo o filme muito bom pra quem gosta de filme de terror,apesar de que nem tem muito terror assim. Contudo, acabei escrevendo esse texto que na verdade é uma reflexão da minha vida até agora. Eu me sinto um bonequinho que foi manipulado esse tempo todo,mesmo sabendo que tenho força o suficiente para me controlar sozinha. Mais 2012 está próximo e eu não quero mais ser “manipulada” por ninguém. VOU MUDAR O LOCAL DO MEU ESPETÁCULO!

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